segunda-feira, 24 de junho de 2019


MODESTA CONTRIBUIÇÃO SOBRE O FOGO DA PEDREIRA 
VINGANÇA DE CANGACEIRO



[Antonio Silvino e seu Bando]

Minha boa mãe, com seus 89 anos, não gostaria de saber que estou contando isso; malgrado tais fatos tenham ocorrido por volta de 1901, ela ainda teme por vingança ou prisão: conhece o sertão dos diabos. Também Ivan Lessa, jornalista auto-exilado em Londres desde a Década de 60, decerto me desaconselharia, pois, segundo ele, é perigoso contar certos fatos envolvendo poderosos no Brasil: "Aí tudo termina em tiro ou Processo", escreveu ele recentemente.

Mas a verdade é que havia meu bisavô materno no meio do caminho. João Freire de Araújo estava no roçado trabalhando com seu filho Miguel, entre Santa Luzia e Caicó, na fronteira da Paraíba com o Rio Grande do Norte, quando de repente se viu cercado pelo bando do cangaceiro Antônio Silvino. Queriam saber o caminho para a Fazenda Pedreira e o intimariam a ir levá-los até  as proximidades das terras de Janúncio Nóbrega, pois eram convidados para o casamento de sua filha. Porém nada disseram de seu destino e planos  na presença do menino:

- Primeiro vá deixar esse menino em casa: tem coisas que não se conversa na frente de menino!

Só quando voltou João Freire de Araújo ficou sabendo que iria levá-los até a Pedreira

- E ai do senhor se negar a servir a Antônio Silvino e sua tropa justiceira! Ou se me enganar ou trair, indo fazer cabuetagem nos ouvidos dos macacos!

- Quéisso, Coroné Antôin Silvino: é uma satisfação pra eu poder servir a um homem grande como o senhor! Não só ensino o camin da fazenda do Coroné Janúncio, como convido os senhores pra almoçar lá em casa... Guiné e galinha não faltam, e a mulher com as meninas sabem preparar muito bem. E ainda tem feijão macaça e o arroz da terra, e um jerimum que é uma delícia... Quer dizer, é comida simples, de sertanejo remediado...

Quem tem vários bois esperando não perde tempo com galinhas, nem era costume de Antônio Silvino almoçar em casa de desconhecidos, ainda mais quando estava indo ficar com uns alguns muito bem hospedado dias numa grande fazenda a poucos quilômetros dali.

Decerto que no caminho João Freire de Araújo lembrou-se do que lhe contaram sobre as frequentes visitas do cangaceiro à casa de seu parente mais abastado, o Véi Amaro do Poção. Eu não sei o que é que tem beradeiro, a quintessência do matuto, o matuto que é matuto até para o matuto, pra achar que só porque está conversando com alguém importante, já é amigo íntimo dele, e se mete a querer dar conselhos e fazer perguntas inconvenientes. Pois consta que um irmão de meu avô paterno, que minha mãe chama de Ti Zezim, empolgado ali com a conversa com os cangaceiros, certo dia saiu-se com essa na casa do Véi Amaro do Poção, parente nosso:

- Mas menino, me diga uma coisa: os senhores são pessoas tão boas, tão agradáveis... Pra quê querem essas armas? Vocês não precisam disso...

De repente se fez silêncio no recinto, cortado apenas pelo riso sem graça do berradeiro, aquele riso meio histérico tentando ser agradável de quem nota que falou besteira e não  tem mais como remediar: "Rêrrêrrêrrê, rêrrêrrêrrê..."

Eis que Pilão Deitado levantou-se e dirigiu-se até o berradeiro, Ti Zezim. Ao chegar na sua frente, puxou o punhal e disse:

- A gente quer essas coisinhas porque quando encontra uma pessoa que a gente não gosta, a gente faz assim, faz assim, faz assim, faz assim e faz assim.

A cada "faz assim" de Pilão Deitado, ora de pé, ele esfregava o punhal na pele do berradeiro; primeiro no pescoço, dos dois lados, depois no abdome, dos lados, na frente e atrás, e parece que em seguida desceu pro ente pernas.

De forma que meu bisavô, que era um sábio, falava apenas quando instado a isso  enquanto caminhava ao lado de Antônio Silvino e seu bando de cangaceiros. Afinal, surgiu a casa da Pedreira, e João quis voltar. O cangaceiro deu permissão, mas com uma condição quase bíblica: que ele não olhasse para trás, do contrário receberia chumbo.

A festa, dizem, foi grande. Por lá permaneceram os cangaceiros três dias, e certamente mais tempo teriam ficado se não tivesse acontecido aquilo... O Fogo!

Pilão Deitado estava fora da casa, trocando idéias com moradores e encantado com algumas nóbregas de pele morena, quando começou o tiroteio. Foi uma Patrulha Volante da Paraíba que chegou sorrateiramente, e suspeita-se de que a informação exata de onde estavam Antônio Silvino e seu bando partiu de gente de Santa Luzia. Um tio-avô meu, Antônio Tomaz, de saudosa memória, contava que o bando, ao pernoitar nos arredores da Umburana, assustou e maltratou Caetano Marinho, o qual saiu correndo desesperado, e que um cangaceiro ainda apontou o rifle pra meter bala nele, mas que Antônio Silvino não permitiu o disparo:

- Ele correu, quer viver, deixe viver...

Bom, o fato é que  a volante, como era chamada a patrulha volante da Polícia, atacou de surpresa. Era bala zuando, bala indo e bala vindo, bala pra lá e bala pra cá. Logo o famoso Pilão Deitado estava estatelado no chão, coberto de sangue, como outros cangaceiros menos importantes. E a bala zoava em busca de Antônio Silvino e voltava das janelas da casa, tanto do térreo como do primeiro andar, enquanto tinha cangaceiro dentro de casa.

E haja bala, meu Deus, e haja fogo! Vivo, nenhum cangaceiro ficaria na fazenda, era decisão do comando da volante, que, quando tudo acabou, vistoriou toda a Fazenda.

Antônio Silvino escapou, como também o grosso do bando, sabe-se lá por onde, nem para onde. Consta - ainda segundo me contava Ti Totonho, como chamávamos Antônio Tomaz - que dois soldados ainda perseguiram o chefe dos cangaceiros, mas que Silvino matou os dois com um tiro só: vinham muito juntos um atrás do outro, afoitos pra pegar o famoso cangaceiro... Antônio Silvino era um herói para muita gente da região, e ainda hoje sua memória e respeitada naquele sertão. Conheço famílias bastante respeitadas - e respeitáveis -  de Caicó que trazem no nome de filhos uma homenagem ao cangaceiro, sendo que o nome "Silvino" é sinônimo de bravura. Após ser preso vários anos depois, tirou uns anos de cadeia em Campina Grande, mas morreu de causas naturais, já bem idoso, e em liberdade.

Aconteceu também de dois jovens cangaceiros se perderem na fuga e irem dar na cidade de Santa Luzia. Capturados imediatamente pelas forças da Lei, o Coronel Aristides Guerra, todo-poderoso de então, misto de prefeito, juiz e delegado, deu a seguinte  ordem:

- É pra matar de fome e sede na cadeia!

Muita gente ia olhar os enjaulados, e os via implorando por água e comida, mas nada se podia fazer. Eis, porém que a única pessoa que poderia se contrapor ao Coronel Aristides Guerra, a sua esposa, apiedou-se dos condenados e disse que de sede eles não morriam dentro de Santa Luzia, levando uma quartinha de água para os prisioneiros, a qual deveria ficar sempre cheia. Por isso o Coronel Aristides mudou seu plano de execução, e mandou abater os cangaceiros à bala nos arredores da cidade.

Contam que um deles chorava e implorava clemência aos algozes, mas que o outro, na hora derradeira, gritou, apontando o próprio peito:

- Atire aqui! Atire que eu quero ver o buraco da bala e lamber o sangue!

E foram executados.

Dez anos depois já ninguém falava mais dos executados, tudo estaria aparentemente esquecido. Mas um homem se lembrava, e não era qualquer um: Antônio Silvino, o Lampião da Paraíba. Chegou com seu bando de repente na cidade, recolheram as armas da polícia, e logo rumaram para a casa do Coronel Aristides. As lojas da família foram saqueadas e todas as mercadorias atiradas no meio da rua. Os rolos de tecidos, eles seguravam na ponta e o jogavam para o ar, como se fosse tapetes de boas vindas.

- Toma, pobreza!

Evidentemente que alguns populares se aproveitaram e pegaram as mercadorias. Nem todas as famílias se aproveitaram do saque, mas sei de algumas que o fizeram. Minha mãe me contou que uma vizinha sua lhe disse vários anos depois que "Fulano de Tal enricou" nesse dia, carregando mercadorias para casa.

Também os instrumentos da Filarmônica Municipal, cujos dirigentes eram de família ligada a Aristides Guerra, caíram nas mãos dos cangaceiros, que fizeram festa nas ruas com eles. O maestro Ezequiel Fernandes, que como todo artista tinha amor aos instrumentos de sua arte, estava num bairro afastado da cidade, o chamado Outro Lado do Rio, e, já sabendo que o bando invadira a cidade, ao ouvir o som de seus instrumentos teve um ataque cardíaco e morreu na hora.

A casa do Coronel Aristides Guerra ficava na praça em frente à igreja matriz. Ao chegarem lá para a vingança, uma e sua filhas protestou, Aristana. Contam que Antônio Silvio a segurou pelos cabelos puxou, e disse:

- Fique quieta, viu neguinha!

Alguns historiadores ligados à família do Coronel Aristides negam estes fatos, mas ouvi-os  de pessoas confiáveis,  de várias outras famílias de Santa Luzia, e todos confirmam a história.

O que o Antônio Sivino queria era humilhar Aristides Guerra e deixá-lo vivo para que sobrevivesse à humilhação. Acredito também que  o velho cangaceiro era inteligente a ponto de saber que se matasse um homem poderoso e ligado ao poder instituído, também seria morto caso um dia fosse preso pelas forças da Lei.

Assim sendo, ele apenas deu uma grande surra no Coronel Aristides Guerra, obrigou-o a ficar de quatro, montou sobre ele como as crianças fazem brincando de cavalinho, e o obrigou a dar algumas voltas em torno da praça que fica defronte à Matriz de Santa Luzia. Isso tudo acompanhado pelo som dos instrumentos da Filarmônica Municipal, e pelos gritos dos cangaceiros.

E assim, dez anos depois, escreveu-se em Santa Luzia o último capítulo do chamado Fogo da Pedreira, fazenda que fica no município de Caicó. 
Antônio Adriano de Medeiros




       A HISTÓRIA DO CANGACEIRO
                   BITÓ DO CAMARÁ 
BASEADO NOS DE RESQUÍCIOS CANGAÇAIS DE RONIERE LEITE E REMÍGIO BREJO E CARRASCAIS DE PERICLES SERAFIM E NA LITERATURA DE CORDEL.
Por: Gilberto Santos
Minha bisavó se chamava Maria Theodora da Conceição, era filha de Antonio Carneiro que por sua vez era irmão de Manoel Porfírio e Laurentino Carneiro e viviam tranquilamente num povoado chamado Barra do Camará perto de Alagoa Nova-PB.
Manoel Porfírio era um pequeno proprietário rural do lugarejo chamado barra do Camará no município de Alagoa Nova-PB. Era conhecido pela valentia, diziam até que havia matado seu padrasto que maltratava sua mãe.Manoel Porfírio teve os filhos: Bitó,Francisco,Sebastião e Cícero, adotou também como filho Crispiano Alves Bezerra conhecido como Ciango, todos os filho assim como pai eram valentes e destemidos. Conta-nos os mais antigos parentes que tudo começou porque Sebastião filho do velho Porfírio deflorou uma moça da Barra do Camará, então o velho o mandou ir para fazenda de propriedade doCoronel Belizário na cidade de Malta-Pb, com as recomendações do Doutor Cunha Lima, até a poeira baixar. Não passando nem um mês o Sebastião foi chamado para uma buchada premeditada na casa grande dos Belizários e lá foi morto a facas por parentes da moça, segundo consta que havia o dedo do conselheiro da cidade de Remígio-PB, conhecido por Joca Soares, no crime. Apesar de lutar bravamente com sua peixeira o valente Sebastião não foi páreo para os homens que o assassinaram no ano de 1926, mesmo assim deixou alguns feridos.
Quando o seu pai Manoel Porfírio soube do acontecido partiu para cidade de Malta para pegar os restos mortais de seu filho Sebastião e encontrou-os numa gruta profunda, jogado como um “zé ninguém”, onde foi comido pelas aves de rapina e animais. Manoel então desceu amarrado por uma corda e apanhou os ossos do filho e os colocou em um saco e trouxe para enterrar no Camará.
Manoel Porfírio , soube que a morte do filho tinha sido encomendada por Joca Soares, contou todo acontecido aos filhos e sobrinhos e partiu a capital para fazer reclamação ao próprio governo, que na época era João Suassuna (1924-1928). Suassuna não deu importância devida ao caso, segundo consta, porque o Joca Soares era homem influente em Areia-PB e conselheiro municipal da cidade de Lagoa de Remígio-PB. Então o velho Porfírio resolveu fazer justiça com as próprias mãos, juntou os quatro filhos e sobrinhos e tomou destino a cidade de Malta na Paraíba, mas precisamente na Fazenda dos Belizários e chegando lá a noite do mês de agosto de 1926 matou a todos, inclusive gado e caprinos, incendiou a casa, foi uma carnificina, tudo para vingar a morte do filho Sebastião, assunto esse que foi noticiado no Jornal A União, da capital, participaram da chacina Bitó, Pilão (morava em Cipilho -Remígio ) Ciango e outros.
Depois desta feita a família dos Porfírio, já estava sendo considerada por alguns como constituída de valentes e matadores de gente que não agüentava desaforos nem levava para casa. O próprio Manoel Porfírio ameaçou de morte o Joca Soares. Também já havia outra questão com um dos filhos de Manoel Porfírio, o Cícero que havia matado uma mulher em Esperança-PB e a jogou numa cacimba em Banabuié. Manoel Porfírio valentão brigava com todos, foi ferido de faca no sítio velho e quase morre.
O velho Manoel Porfírio agora com a alma lavada vivia tranqüilamente pelas feiras das cidades negociando arreios de animais, fumo de rolo, cachaça etc. Numa dessas vindas de uma feira que houve na cidade de Remígio, depois de assistir os cantadores de viola e tomar alguns goles de cachaça retornou para sua casa e no dia 29-07-1927 foi emboscado e morto por desconhecidos na saída da cidade. Não se tem certeza dizem que um tal de Chaguinha e Pivete estavam entre os “desconhecidos”. A notícia correu rápida e muitos diziam que foi a mando do Joca Soares, para vingar a chacina dos Belizários e a ameaça de morte que havia sofrido pelo próprio Manoel Porfírio.
Assim que soube da morte do irmão, Laurentino Carneiro passou um telegrama para seu sobrinho Bitó (filho de Manoel Porfírio) informando o ocorrido. Bitó se encontrava no Engenho Oiteiro em Pernambuco e saiu como um louco para Camará, chegando juntou o bando de José Amaral e tomando a liderança partiu para executar João Soares da Costa, o Joca Soares e fazer a desforra.
Seu bando que era constituído dos seguintes cangaceiros:
1-      Pilão(conhecido também como Antonio Caboclo, sendo seu verdadeiro nome Antonio Fernandes de Oliveira, natural de Catolé do Rocha e acostumado no manejo de matar gente).
2-      Ciango (cujo nome verdadeiro era  Crispiano Alves Bezerra)
3-      Benedito Alves Bezerra
4-      Francisco Manoel de Souza(conhecido como Basto, era  primo de meu bisavô Manoel Benvindo de Souza da cidade de Remígio-PB)
5-      José Totô (conhecido também como José Amaral ,José Alonso de Oliveira)
6-      Antonio Luiz
7-      Antonio Ferreira
8-      José Luiz
9-      Bitó do Camará (Líder porque tomou a frente do serviço)
10-   Touceira
11-   Chico Andrade
A tarde triste e serena se debruçava sobre a cidade de Areia-PB ,  quando Bitó e seu cabras já a cercava, era o dia 11 de setembro de 1927 e por voltas das 20 horas o Sr. Joca Soares, Conselheiro Municipal da cidade de Remígio, foi surpreendido  pelo bando, ele estava fechando seu comércio, o Armazém Ideal , quando levou o primeiro tiro de mosquete, disparado por Bitó do Camará em seguida seu filho Aurélio também foi morto, escapando o Adauto por ser franzino e ter caído por baixo das peças de  tecidos não sendo capaz dos bandoleiros terem o percebido. Depois do acontecido Bitó e sua cabroeira permaneceram por bom tempo na cidade cantarolando versos e bebendo cachaça no estilo do cangaço. A cidade de Areia ficou de luto por três dias, ouvia-se de longe o badalo do sino chamando os fiéis para comparecerem ao sepultamento do Sr. Joca Soares, foi um dia triste para cidade, mas na cabeça de Bitó a justiça estava feita.
Depois do crime o bando de homiziou na fazenda do coronel Manoel Lucas de Barros no sítio Tauá. A policia estava no encalço dos bandoleiros .Uma semana depois o bando se dispersou, mas alguns remanescentes permaneceram no sítio Tauá e regiões próximas. Em Ingá do Bacamarte - PB foi preso o cangaceiro Ciango, irmão adotivo de Bitó do Camará pelo tenente Nestor Cabral e depois de ser torturado informou onde se encontrava alguns do bando ao Tenente João Câncio da Policia Militar da Paraíba. É sabido que o Sr. Amaral , conhecido como José Totô capitaneou o terrível bando de cangaceiros  e antes de ser preso trocou tiros, na Fazenda Riachão,  com a polícia ferindo o coronel Domiciano de Andrade e matando  o soldado Nazinho Martins e João Guedes.Dias depois alguns foram presos e condenados. Esse caso foi a juízo no dia 23/09/1927 através do chefe de polícia do Estado da Paraíba, o senhor Júlio Lira. Os “mandantes” do crime de Joca Soares foram defendidos pelos advogados: Dr. João Duarte Dantas e Dr. João da Mata Correia de Lima. Foram os “mandantes”: Américo Tito,Manoel de Barros e Antonio Balbino. Em 27/09/1927 a sessão judicial teve inicio, presentes o desembargador José Novais,Eurípedes Tavares e procurador Manoel Simplício Paiva, petição nº 50 da Comarca da Capital. Esses episódios de violência foram nódulos que mancharam o governo de João Suassuna entre os anos de 1924-1928.
Não se sabe sobre o paradeiro de Bitó, se morreu no brejo ou se fugiu para bem longe das terras do Camará, o que se sabe é que seus versos ainda ressoam por lá.
      “SOU BITÓ DO CAMARÁ
      RECEIO E TEMOR EM MIM NUNCA HAVERÁ
      QUANDO ENTRO NUMA BRIGA
      ALMA NENHUMA SE SALVARÁ
      PORQUE ME CHAMO BITÓ         
      FILHO DE MANOEL PORFÍRIO
      DA BARRA DO CAMARÁ”
Versos atribuídos a Bitó do Camará

João Pessoa, 22 de Junho 2019